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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

QUARESMA- ORAÇÃO

                                             QUARESMA - ORAÇÃO
                      A Oração na Vida Cristã
          "Grande é o Mistério da fé". A Igreja o professa no Símbolo dos Apóstolos (primeira parte) e o celebra na liturgia sacramental (segunda parte), para que a vida dos fiéis sejam conforme a Cristo no Espírito Santo para a glória de Deus Pai (terceira parte). Esse mistério exige pois que os fiéis nele creiam, o celebrem e dele vivam numa relação viva e pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Essa relação é a Oração.

                     O que é a Oração
          A oração é um impulso do coração, é um simples olhar para o céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria
                      A Oração como Dom de Deus
          "A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes". De onde falamos nós ao rezar? Das alturas do nosso orgulho e vontade própria, ou das "profundezas" (Sl 130, 14) de um coração humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado. a Humildade é o fundamento da Oração. "Não sabemos o que pedir como convém" (Rm 8, 26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus.
          "Se conhecesses o dom de Deus" (Jo 4, 10)! a maravilha da oração se revela justamente aí, à beira dos poços aonde vamos procurar nossa água, é ai que Cristo vem ao encontro de todo o ser humano, é o primeiro a nos procurar e é ele que pede de beber. Jesus tem sede, seu pedido vem das profundezas de Deus que nos deseja. a oração, que saibamos ou não é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede que nós tenhamos sede dele.
          "Tu é que lhes pedirias e ele te daria água viva" (Jo 4,10). Nossa oração de pedido é, paradoxalmente, uma resposta. Resposta à queixa do Deus vivo: "Eles me abandonaram, a fonte de água viva, para cavar para si cisternas furadas" (Jr 2,13), resposta de fé à promessa gratuita da salvação, resposta de amor à sede do filho único.
                            Diante das dificuldades da Oração
          A dificuldade comum de nossa oração é a distração. Esta pode referir-se às palavras e ao seu sentido, na oração vocal. Pode, porém, referir-se mais profundamente àquele a quem oramos, na oração vocal (litúrgica ou pessoal), na meditação ou na oração mental. Perseguir obsessivamente as distrações seria cair em suas armadilhas, já que é o suficiente o voltar ao nosso coração: uma distração nos revela aquilo que estamos amarrados e essa tomada de consciência humilde diante do senhor deve despertar nosso amor preferencial por ele, oferecendo-lhe resolutamente nosso coração para que ele o purifique. Aí se situa o combate; a escolha do Mestre a quem servir.
          Positivamente, o combate contra nosso eu possessivo e dominador é a vigilância  é a sobriedade do coração. Quando Jesus insiste na vigilância, está é-lhe sempre relativa, à sua vinda, ao último dia e a cada dia. "hoje". O esposo vem no meio da noite; a luz que não deve ser extinta é a da fé: "Meu coração diz a teu respeito: Procura sua face" (Sl 27,8)
          Uma outra dificuldade, especialmente para aqueles que querem sinceramente orar, é a aridez. Esta faz parte da Oração em que o coração é privado de tudo, sem gosto pelo pensamento, lembranças e sentimentos, mesmo espirituais. É o momento da fé pura que se mantém fielmente com Jesus na agonia e no túmulo. " Se o grão de Trigo cai na terra morrer, produzirá muito fruto" (Jo 12, 24). se a aridez é causada pela falta de raiz, porque a palavra caiu sobre as pedras, o combate deve ir na linha da conversão.
                                    Diante das tentações na oração
          A tentação mais comum, mais oculta, é nossa falta de fé, que se exprime não tanto por uma incredulidade declarada quanto por uma opção de fato. Quando começamos a orar, mil trabalhos ou cuidados, julgados urgentes, se apresentam como prioritários, de novo é o momento da verdade do coração e do seu amor preferencial. Com efeito voltamo-nos para o Senhor como o ultimo recurso: mas de fato acreditamos nisso? Às vezes tomamos o Senhor como aliado, mas o coração esta ainda na presunção. Em todos os casos, nossa falta de fé revela que não estamos ainda na disposição do coração humilde: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15,5)
          Uma outra tentação, cuja porta é aberta pela presunção, é a acídia. Os pais espirituais entendem com esta palavra uma forma de depressão devido ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância  a negligência do coração. "O espirito esta pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26,41). Quanto mais alto se sobe, tanto maior é a queda. O desânimo doloroso é o inverso da presunção. Quem é humilde não se surpreende com sua miséria. passa então a ter mais confiança, a perseverar na constância.

FONTE: Trechos tirados do Catecismo da Igreja Católica

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