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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013 TEXTO BASE

                             CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013 TEXTO BASE

          A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil acabou de publicar o Texto – Base da Campanha da Fraternidade para o ano de 2013. "Fraternidade e Juventude" é o tema da Campanha para a quaresma em 2013. O lema é inspirado no profeta Isaías 6,8: "Eis-me aqui! Envia-me". Nas palavras de Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB: A Igreja no Brasil deseja, no contexto do Ano da Fé, "repropor Juventude como tema da Campanha, nesse tempo de mudança de época, desejando refletir e rezar com os jovens, representando-lhes o Evangelho como sentido de vida e, ao mesmo tempo, como missão". A C.F de 2013 já anuncia a Jornada Mundial da Juventude, assumindo como lema o espírito missionário da JMJ 2013 indicado pelo Santo Padre Bento XVl, Ide e fazei discípulos entre todas as nações (cf. Mt 28,19). A Igreja quer que os jovens sejam verdadeiros missionários e missionárias no sentido de jovens evangelizando jovens: "Eis-me aqui! Envia-me".
          O Objetivo Geral da C.F. de 2013 é "Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz". Há também três objetivos específicos: (i) Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida; (ii) Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos: (iii) Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.
         O Texto-Base da Campanha é dividido em quatro partes. A primeira parte é titulado "Fraternidade e Juventude" e abrange tópicos como: a) o impacto da mudança de época; b)a substituição do papel exercido pelos pais e pela escola pelos meios de comunicação de massa; c) a fragilização dos laços comunitários; d) a banalização e negação da vida; e) o surgimento e influência da cultura midiática; f) as redes sociais e o risco de o jovem querer e necessitar estar sempre conectado; g) as novas gerações querem ser ativas na Igreja; h) as formas associativas dos jovens; i) pluralismo de grupos entre jovens; j) as desigualdades entre os jovens; k) políticas públicas para a juventude etc.
         A segunda parte do Texto-Base titulado "Eis-me aqui! Envia-me!" aborda os seguintes itens: a) jovens nas Sagradas Escrituras; b) Maria presença educativa; c) jovens na história da Igreja; d) jovens como seguidores de Cristo; e) o jovem discípulo assume a missão; f) a opção afetiva e efetiva pelos jovens; g) a presença da Igreja no Brasil na pastoral junto aos jovens; e h) o protagonismo e compromisso na sociedade dos jovens.
          A terceira parte do Texto-Base oferece indicações para ações transformadoras. Afirma que a Igreja precisa dos jovens e que eles devem receber uma acolhida afetiva e efetiva por parte da Igreja. Insiste que a sociedade precisa nesta mudança de época aproximar-se do mundo jovem. Nesta parte do Texto-Base titulado "Abrir-se ao novo" o texto fala muito sobre "recriar". Os jovens precisam recriar: a) o sentido da existência e da realidade; b) as relações significativas com Deus; c) as relações afetivas e a vida comunitária; d) as relações de gratuidade para uma postura afetivo-construtiva; e) as relações e o compromisso nesta mudança de época; f) o dinamismo de transformação da sociedade; g) relações de respeito e de integração com o meio ambiente; e h) a razão para além da razão instrumental. Este setor do Texto-Base também enfatiza a importância do encontro pessoal do jovem com Cristo; da catequese de iniciação cristã; do estudo do Catecismo da Igreja Católica; do diálogo entre fé e razão e do diálogo inter-religioso etc.
          A terceira parte do Texto-Base também oferece pistas de ação como: a valorização da família como células da sociedade; a formação humana-afetiva dos jovens; o estudo das artes (música, teatro, esportes, dança etc.) pelos jovens; o estudo e análise da conjuntura atual do mundo; a realização de projetos missionários; reconhecer e favorecer o protagonismo juvenil na cultura midiática; a promoção de oficinas sobre como utilizar as novas tecnologias; a participação da Campanha Nacional Contra a Violência; e a participação em manifestações em prol da vida etc.
          A quarta parte do Texto-Base é titulado "Gesto Concreto" e afirma que: "A Campanha da Fraternidade se expressa concretamente pela oferta de doações em dinheiro na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos". O integral das coletas realizadas no Domingo de Ramos deve ser encaminhado à respectiva diocese, que por sua vez, encaminhará 40% do total da coleta para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS): Caixa Econômica Federal, Agência 2220 – Conta Corrente 000.009-0 – CNBB, Brasília, DF. (Enviar comprovante do depósito para CNBB no FAX (61)2103-8303). Segundo o Texto-Base: "Os recursos arrecadados serão destinados preferencialmente a projetos que atendem aos objetos propostos pela CF 2013, como o foco voltado para ações que se revertem em benefícios aos jovens das nossas comunidades".
          Finalmente o Cronograma da CF 2013:
No dia 23 de fevereiro de 2013, na Quarta Feira de Cinzas, haverá o lançamento da CF 2013 "Fraternidade e Juventude".
A realização da Campanha será de 13 de fevereiro a 24 de março de 2013.
          No Domingo de Ramos, dia 24 de março de 2013 haverá a Coleta Nacional da Solidariedade (60% para o Fundo Diocesano de Solidariedade e 40% para o Fundo Nacional de Solidariedade). A avaliação da Campanha ocorrerá de abril e junho de 2013: Paroquial (de 8 a 21 de abril), Diocesano (de 22 de abril a 19 de maio), e Regional (de 20 de maio a 16 de junho).


Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1


Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

ORAÇÃO OFICIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013

                              ORAÇÃO OFICIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013


Tema: Fraternidade e Juventude
Lema: "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6,8)

Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.

Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.

Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para ... (intenções da comunidade)

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013


                              CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013
        Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
         Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.
         O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
         O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.
          Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.

*Fonte: INFOCO NOTÍCIAS

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

EVANGELHO DO DIA 29/01

                                            EVANGELHO DO DIA ( Mc 3, 31-35)
       
          O Senhor esteja convosco.
          Ele está no meio de nós.
          Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
          Gloria a vós, Senhor.

          Chegaram sua mãe e seus irmãos e, estado do lado de fora, mandaram chamá-lo. Ora a multidão estava sentada ao redor dele; e disseram-lhe: " Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram". Ele respondeu-lhes: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?". E, correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse: "Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmãos, minha irmã e minha mãe".

          Palavra da Salvação.
          Gloria a vós, Senhor.

INTRODUÇÃO AOS TEMAS DOS ENCONTROS COM OS CATEQUIZANDOS

                  INTRODUÇÃO AOS TEMAS DOS ENCONTROS COM OS CATEQUIZANDOS
                                                         Os encontros de catequese poderão seguir o seguinte esquema:
          1° ACOLHIDA
          O catequista deverá estar sempre atento à acolhida dos catequizandos. a acolhida deverá estar presente em odo o Encontro para que os catequizandos se sintam sempre num ambiente bem fraterno.
          Toda pessoa necessita ser reconhecida individualmente, como gente. Ser conhecida pelo nome, com um "rosto" e um história própria.
          Por isso, é importante que tendo sido reconhecida como pessoa, deve sentir-se aceita e amada pelo catequista.
          2° MOTIVAÇÃO - (VER)
          O tema deverá ser apresentado a partir do levantamento e do conhecimento da realidade. É um olhar para a realidade.
          Esta parte exige muito do catequista. Ele deverá procurar conhecer cada catequizando, a sua pessoa, a sua realidade familiar por meio de revistas, como também conhecer a vida da comunidade e outras realidades que os envolvem.
          Na motivação" serão dadas sugestões para ajudar os catequizandos a interessarem-se pela catequese e pela vida das pessoas.
          E,através de perguntas, histórias e estórias, cartazes, etc... o catequizando deve chegar a perceber a ligação do conteúdo da fé com a sua própria vida.
          Nesta parte do Encontro é importante deixar o catequizando manifestaras suas experiências, o que pensa e como se sente diante dos acontecimentos.
         Partindo do sentir e do pensar dos catequizandos, o catequista colocará um tema, mexendo com o mundo deles.
          o VER é ver o terreno onde vivemos. É preparar o terreno da realidade para num segundo momento, jogar a semente da Palavra de Deus, ou seja, o JULGAR.
          3° A COLOCAÇÃO DO TEMA - (JULGAR)
          O catequista procura colocar e desenvolver o Tema ou o assunto do Encontro numa linguagem simples, levando em conta o vocabulário do catequizando, dialogando com ele, aproveitando tudo o que foi falado na "motivação do tema".
          Partindo da motivação, usar os recursos de uma catequese dinâmica: dialogo, cartazes, dramatizações, cantos, foto-linguagem, etc.
          O diálogo deve levar o catequizando à oração, colocando-o frente a frente cm a Palavra de Deus, com o compromisso de colocá-la em prática na vida diária.
          4° AÇÃO - (O AGIR TRANSFORMADOR)
          A finalidade desta parte é fazer com que catequista e catequizando levem à prática o que refletiram no Encontro.
          É o agir transformador.
          Ele está ligado à Palavra de Deus que nos questiona e tem como objetivo a mudança de vida das pessoas, buscando uma sociedade justa e fraterna.
          5° ATIVIDADES
          A catequese deve ter atividades que ajudem, catequistas e catequizandos a aprofundarem o tema do Encontro, a se unirem mais e a viverem em grupo, formando comunidade.
          Cada tema apresentará sugestões de atividades. Além disso, o catequista deverá usar de sua criatividade e apresentar outras atividades que sejam próprias para o tema do Encontro.
          6° ORAÇÃO
          A oração é a resposta de fé à mensagem recebida. Deve levar a uma ação concreta. É importante que o catequista desperte no catequizando o gosto pela oração.
          A oração não deve ficar apenas em saber de cór as orações. O catequizando deve se acostumar a conversar naturalmente com Deus,com muita espontaneidade.
          Isto não quer dizer que não se devem ensinar as fórmula das orações, ligadas aos temas da catequese.
          Por isso, motivar os pais dos catequizandos a ensinar, em casa, as principais orações dos cristãos: Pai-Nosso, Ave Maria, Credo, Salve Rainha e outras.
          7° CELEBRAR
          O catequista procurará, em todos os encontros, fazer uma pequena celebração para despertar no catequizando a necessidade d celebrar os seus sentimento e os sentimentos dos cristãos que nascem da luta pelo compromisso com o povo. a celebração fortalece a Aliança com Deus e com os irmãos.
          Estas celebrações também irão dando mais sentido à Celebração Eucarística, fortalecendo a participação na liturgia.
        

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OS ANJOS

                                                    DEUS CRIOU OS ANJOS
          O senhor pôs no céu o seu trono e sua realeza governa o universo. Bendize ao Senhor, anjos seus, executores poderosos de suas ordens, obedientes ao som de sua palavra. Bendize ao Senhor, seus exércitos todos, ministros que cumpris a sua vontade. ( Sl 103(102)).
                                A EXISTÊNCIA DOS ANJOS- UMA VERDADE DE FÉ
          A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O Testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.
                                                         QUEM SÃO OS ANJOS?
          Santo Agostinho diz a respeito deles: "Angelus officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen huius naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est: ex quod est, spiritus est, ex eo quod agit, angelus- Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espirito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espirito por aquilo que é, enquanto é anjo, por aquilo que faz". Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam constantemente a face de meu pai que está nos céus (Mt 18,10), são poderosos executores da sua palavra, obedientes ao som da sua palavra ( Sl 103, 20)
          Eles aí estão, desde a criação, e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino da sua realização: fecham o paraíso terrestre, protegem Lot, salvam Agar e seu filho, seguram a mão de Abraão, a lei é comunicada por ministério deles, conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações, assistem aos profetas, para citarmos alguns exemplos: Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e do próprio Jesus. Desde a encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada de adoração e do serviço dos anjos. Quando Deus introduziu o Primogênito no mundo, diz: Adorem-no todos os anjos de Deus. O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: "Gloria a Deus" ( Lc 2,14). Protegem a infância de Jesus, servem Jesus no deserto, reconfortam-no na agonia, embora tivesse podido ser salvo por eles da mão dos inimigos como outrora Israel. São ainda os anjos que "evangelizam" (Lc 2,10) anunciando a Boa-Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam, a serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará.
          Do  mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos.
          Na sua liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adorar o deus três vezes santo já desde a infância até a morte, a vida humana é cercada pela sua proteção e pela sua intercessão.Cada Fiel é ladeado por um anjo como protetor e pasto para conduzi-lo à vida.


                                                 A QUEDA DOS ANJOS
         Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora, que se opões a Deus, e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja, vêem neste ser um ano destronado, chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um ANJO BOM, criado por Deus. Com efeito, o diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em sua natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.
          A Escritura fala de um pecado desses anjos. Esta queda consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e a seu Reino, Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: " E vós sereis como deuses" ( Gn 3,5). "O Diabo é pecador desde o principio" (1Jo 3,8) "pai da mentira" (Jo 8,44)
          É o carácter irrevogável da sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe arrependimento para os homens após a morte.
          Contudo, o Poder de Satanás não é infinito. ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do reino de Deus. embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e o seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos de natureza espiritual e indiretamente, até a natureza física para cada homem e para a sociedade, está ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem no mundo. a Permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas " nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o ama" (Rm 8,28).

Fonte: (Catecismo da Igreja Católica)

A DOUTRINA CRISTÃ

                                                     A DOUTRINA CRISTÃ
          Jesus ensinou a sua doutrina por meio de parábolas, Parábolas são pequenas histórias com fundo moral e dogmático.
          A parábola do Semeador, que encontramos em São Mateus (13, 3ss) é um ensinamento claro sobre a maneira que os homens ouvem e correspondem à palavra de Deus.
          " Eis que saiu um semeador a semear; e algumas sementes caíram à beira da estrada e vieram as aves e as comeram; caíram outras em um terreno cheio de pedras, onde havia pouca terra, logo nasceram, mas veio o sol e a secaram. Outras caíram entre os espinhos, crescendo os espinhos as sufocaram. Outras caíram em terra boa e deram fruto umas cem, outras sessenta e outras trinta." E Jesus explicou a Parábola:
          A Semente que caiu na estrada se assemelha àquele que ouve a palavra de Deus, mas não pensa mais nas palavras, vem o demônio e tira-a do coração.
          A Semente que caiu no terreno pedregoso, assemelha-se ao homem que ouve a palavra de Deus, acolhe-a com alegria, mas sem firmeza; inconstante, assim que vem a tribulação e a perseguição por causa da palavra de Deus, esmorece e  deixa.
          O que ouve a palavra de Deus e a deixa abafar pelo cuidado dos bens materiais, assemelha-se à semente que caiu entre espinhos.
          A semente que caiu na terra boa é semelhante ao homem que ouve a palavra de Deus e a pões em prática, produz fruto, uns cem, outros sessenta, outros trinta. Os frutos são as ações sobrenaturais, que faz o homem merecer o céu. para que o homem haja de modo sobrenatural é conhecendo a doutrina de Jesus.
          A doutrina ensinada por Jesus Cristo, é que ele quer que todos os homens conheçam, e pratiquem, é chamada doutrina cristã.
          A doutrina cristã é o conjunto de verdades ensinadas por Jesus Cristo para mostrar-nos o caminho da salvação.
          Durante três anos Jesus Cristo percorreu quase toda a Palestina, ensinando por meio de palavras e ações o verdadeiro culto a Deus. Um culto, que não se deve apenas ficar no exterior, mas principalmente no interior, e no coração. Jesus Cristo não veio para desfazer a lei antiga, mas, elevá-la.
          Na lei antiga como se lê nas sagradas Escrituras, apenas conheciam a um deus cheio de Justiça, mas na lei nova é um Deus de bondade, que Cristo faz sobressair.
          Depois de sua paixão e morte, antes de sua ascensão  Cristo ordenou aos apóstolos, que percorressem o mundo pregando o Evangelho a todas as criaturas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.
          Todo aquele que crer e for batizado será salvo, mas o que não crer e não for batizado não será salvo.
          Ser cristão é pois ser batizado, crer e professar a doutrina de Cristo. Não basta ser apenas batizado e não crer, mas se exige tudo de uma maneira simultânea.
          Ser cristão é uma graça que nós não merecemos. Sem essa graça da divina misericórdia, nós nunca poderíamos ter o perdão de Deus e nunca entraríamos no céu. entretanto, para podermos entrar no céu é necessário  que sejamos primeiro batizados, é este o primeiro Sacramento da Iniciação Cristã que devemos receber.
                                               A DIVISÃO DA DOUTRINA CRISTÃ
          A doutrina cristã se divide em quatro partes:

  1. Dogma. Dogmas são as verdades da fé, que estão contidas de uma maneira explícita no CREDO, são doze os seus artigos, cada um exprimindo uma verdade que se deve crer.
  2. Moral. Moral compreende todas as leis que se referem aos atos humanos. Umas são proibitivas, outras no entanto, são perceptivas. Sã dez os mandamentos que se referem a Deus e ao próximo  e cinco mandamento da Igreja.
  3. Sacramentos. Sacramentos são as fontes da graça. São por meio deles que Cristo nos auxilia e dá todas as graças para podermos ser salvos. Uns são de necessidade absoluta como por exemplo o batismo, outros aumentam a graça ou fazem readquiri-la, quando a perdemos pelo pecado
  4. Liturgia. Liturgia é " oficio publico, oficio sacerdotal e o objeto principal deste: o sacrifício  É o conjunto de formas externas do culto divino, oferecido pelo sacerdote m beneficio do povo cristão e em união com ele".

EVANGELHO DO DIA 28/01

                                                EVANGELHO  DO  DIA   (Mc 3,22-30)                                                                                        

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 22os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Beelzebul, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios.
23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa.
28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno”. 30Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

domingo, 27 de janeiro de 2013

CONFERÊNCIA DE SANTO TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO

NA CRUZ NÃO FALTA NENHUM EXEMPLO DE VIRTUDE     
 Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para ser remédio contra o pecado e para exemplo do que devemos praticar.
          Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio contra todos os males que nos sobrevêm por causa dos nossos pecados.
          Mas não é menor a utilidade em relação ao exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar nossa vida inteira. Quem quiser viver na perfeição, nada mais tema fazer do que desprezar aquilo que Cristo desprezou na cruz e desejar o que ele desejou. Na cruz, pois, não falta nenhum exemplo de virtude.
          Se procuras um exemplo de caridade: Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos (Jo 15,13). Assim fez Cristo na cruz. E se ele deu sua vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por causa dele.
          Se procuras um exemplo de paciência, encontras na cruz o mais excelente! Podemos reconhecer uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita. Ora, Cristo suportou na cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque atormentado, não ameaçava (1Pd 2,23); foi levado como ovelha ao matadouro e não abriu a boca (cf. Is 53,7; At 8,32).
          É grande, portanto, a paciência de Cristo na cruz. Corramos com paciência ao combate que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia (cf. Hb 12,1-2).
          Se procuras um exemplo de humildade, contempla o crucificado: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.
          Se procuras um exemplo de obediência, segue aquele que se fez obediente ao Pai até à morte: Como pela desobediência de um só homem, isto é, de Adão, a humanidade toda foi estabelecida numa condição de pecado, assim também pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça (Rm 5,19).
          Se procuras um exemplo de desprezo pelas coisas da terra, segue aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2,3), e que na cruz está despojado de suas vestes, escarnecido, cuspido, espancado, coroado de espinhos e, por fim, tendo vinagre e fel como bebida para matar a sede.
          Não te preocupes com as vestes e riquezas, porque repartiram entre si as minhas vestes (Jo 19,24); nem com honras, porque fui ultrajado e flagelado; nem com a dignidade, porque tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em minha cabeça (cf. Mc 15,17); nem com os prazeres, porque em minha sede ofereceram-me vinagre (Sl 68,22).

SANTO DO DIA 28/01 SANTO TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA

                        SANTO TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA
          Nasceu por volta do ano 1225, da família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro de Monte cassino e depois em Nápoles. Ingressou na ordem dos Frades Pregadores e completou os estudos em Paris e em Colônia, tendo tido omo professor Santo Alberto Magno. Escreveu muitas obras de grande erudição, e , como professor, lecionou disciplinas filosóficas e teológicas, o que lhe valeu grande reputação. morreu nas proximidades de Terracina, a 7 de março d 1274. Sua memória é celebrada a 28 de janeiro, data em que seu corpo foi trasladado para Toulouse ( França), em 1369

O SINAL DA CRUZ NA VIDA DO CRISTÃO


                             
     O SINAL DA SANTA CRUZ        


          O sinal da cruz não é apenas um gesto simbólico. Cada uma das suas três partes tem um significado.
          Com o dedo polegar inicia-se: Pelo sinal, da Santa cruz. Esta cruz é feita na testa. O seu significado é livrar a nossa mente dos pensamentos ruins, negativos e desanimadores.
          Livra nos Deus, Nosso Senhor. Este sinal é feito em cima de nossa boca. O seu significado é poupar a nossa palavra de magoar, ferir e até mesmo matar quem nos ouve. Sabia que a palavra mata, fere? Assim, nós pedimos, com o sinal da cruz, que saiam de nossa boca só palavras de paz, amor, encorajamento e fé.
Dos nossos inimigos. Este sinal é feito sobre o nosso peito. O seu significado é proteger o nosso corpo, o nosso coração, de todos aqueles que nos quiserem fazer o mal. E que este mal jamais parta de nós mesmos.
          Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém. Façamos o sinal da cruz com a mão direita aberta, toque a testa com a ponta dos dedos, dizendo: “Em nome do Pai …” desça em linha vertical até a altura do estômago: “…e do Filho…” leve a mão ao ombro esquerdo: “…e do Espírito Santo”…, leve a mão ao ombro direito e conclua: ”Amém”. E não precisa dar o “tapinha na boca” nem beijar os dedos. Devemos sempre através de nosso exemplo de Cristãos autênticos buscar corrigir nossos irmãos que ainda não conhecem e ensiná-los o significado importantíssimo do sinal da cruz, usando-o é claro, o bom senso para não ferir nem magoar ninguém. Sinal este que hoje, muitas vezes, passa despercebido seu verdadeiro significado.


                                            O EVANGELHO E O SINAL DA CRUZ
          Na Liturgia da Palavra a leitura do Evangelho é diferente das outras,sendo-lhe prestadas honras especiais. Nós fiéis,por aclamação, reconhecemos e professamos que Jesus Cristo está presente e nos fala. Temos que escutar com muita atenção e de pé a essa leitura.
                                                            Mas porque o Sinal-da-Cruz?
          Traçamos três cruzes,com o dedo polegar, na testa,na boca e no peito. Nos é muito conhecido que a cruz na testa é para Deus nos livrar dos maus pensamentos,na boca para nos livrar das más palavras e no peito para nos livrar das más ações.
Mas no sentido litúrgico é muito mais abrangente e muito mais expressivo para nós,verdadeiros cristãos:

A CRUZ NA TESTA: Lembra que o Evangelho é para ser entendido, estudado e conhecido;
A CRUZ NA BOCA: Lembra que o Evangelho deve ser proclamado,anunciado. (missão de todo cristão);A CRUZ NO PEITO:À altura do coração,nos indica que o Evangelho,acima de tudo,deve ser vivido,pregado,testemunhado,por todos que acreditam que Cristo Ressuscitou.

          Aquele que for proclamar a Leitura da Boa Nova, deve fazer a cruz na Leitura do Evangelho a ser lido,indicando com isso que cada palavra pronunciada seja um despertar para cada cristão ser luz e sal para o mundo.
          Bem,se precisamos entender,anunciar e viver a Palavra de Deus,ora,temos então que nas missas prestar muita atenção na Leitura e na homilia para termos condições de cumprir nossa missão, que recebemos lá no Batismo.


                                                MAS AONDE SURGIU ESTE SINAL?

          Ele tem suas raízes na própria Bíblia.
          O livro do profeta Ezequiel nos mostra o sinal da Cruz sendo feito na testa das pessoas:

“Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma
cruz [taw] na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas
abominações que na cidade se cometem” (Ezequiel 9, 4).

          Neste capítulo de Ezequiel, Deus lhe deu uma visão do julgamento que recairia sobre a cidade de Jerusalém dada a sua idolatria. Nesta visão, os judeus fiéis que foram marcados na fronte com a letra hebraica taw seriam preservados do dia do julgamento. Este julgamento era o incêndio e a matança, onde apenas os fiéis se livrariam.
          Essa letra taw é a última letra do alfabeto hebraico, que tinha o formato de cruz. A proteção divina era selada com um sinal como da Cruz.          No Novo Testamento isto se repete no livro do Apocalipse:

“Depois disso, vi quatro Anjos que se conservavam em pé
nos quatro cantos da terra, detendo os quatro ventos da
terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, sobre
o mar ou sobre árvore alguma. Vi ainda outro anjo subir do
oriente; trazia o selo de Deus vivo, e pôs-se a clamar com voz
retumbante aos quatro Anjos, aos quais fora dado danificar a
terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar,
nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de
nosso Deus em suas frontes” (Apocalipse 7, 1-3).


          Na visão do Apocalipse este selo, já na Nova e Eterna Aliança, separará os escolhidos de Deus dos ímpios, e os protegerá do Juízo Final que cairá sobre a Terra.          Esta é o tamanho da importância do ritual católico em relação ao Sinal da Cruz. Quando nos tornamos cristãos, no Batismo, nós também somos marcados com o Sinal da Cruz em nossa testa.
          Todas as vezes que repetimos este gesto, nos recordamos que fomos separados dos ímpios, e que somos de Deus, feitos pro Céu.
          Mas é importante que a nossa vida condiga com o símbolo da Trindade. Não adianta fazer o Sinal como uma superstição, ou pelo simples gesto. É preciso harmonia entre a vida e a invocação.
         Especificamente quanto a Santa Missa, levantemos os nossos corações a Deus. Que inunde as nossas almas o amor a Deus. E neste gesto santo, nos unamos ao celebrante no qual o próprio Cristo dignou-se operar os mais estupendos prodígios.
         Que este sinal nos recorde da Cruz redentora, triunfante,na qual Jesus nossa pascoa se imolou. 
ALGUMAS CITAÇÕES DO CATECISMO DA IGREJA                              
CATÓLICA SOBRE O SINAL DA CRUZ
          O cristão começa o seu dia, as suas orações e ações com o sinal-da-cruz, "Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém". O batizado dedica a jornada à glória de Deus e invoca a graça do Salvador, que lhe possibilita agir no Espirito como Filho do Pai. O Sinal-da-cruz nos fortifica nas tentações e nas dificuldades.(CIC 2157)

QUAL A DIFERENÇA ENTRE DISCÍPULO E APÓSTOLO?

                                                   OS DISCÍPULOS E APÓSTOLOS
         A palavra “discípulos” se refere a um “aprendiz” ou “seguidor”. A palavra “apóstolo” se refere a “alguém que é enviado”. Enquanto Jesus estava na terra, os doze eram chamados discípulos. Os 12 discípulos seguiram a Jesus Cristo, aprenderam com Ele, e foram treinados por Ele. Após a ressurreição e a ascensão de Jesus, Ele enviou os discípulos ao mundo (Mt 28,18-20) para que fossem suas testemunhas. Eles então passaram a ser conhecidos como os doze apóstolos. No entanto, mesmo quando Jesus ainda estava na terra, os termos discípulos e apóstolos eram de certa forma usados alternadamente, enquanto Jesus os treinava e enviava para pregarem.

                                                                  SÃO PEDRO
          Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão. Cristo mudou seu nome para Kepha (Cefas em português), que em aramaico significa "pedra", "rocha".
           A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em (Mt 16, 18) quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha. Desta forma, Cristo, de acordo com a tradição católica, foi o fundador da Igreja Católica, fundada sobre Simão Pedro. Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana". 
          Um dos sermões de Santo Agostinho vem mostrar claramente a vida de Pedro como homem e como discípulo de Cristo vejamos:
          "São Pedro, o primeiro dos apóstolos, que amava a Cristo ardentemente, mereceu escutar: Por isso eu te digo que tu és Pedro (Mt 16,19). Antes ele havia dito: Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo ( Mt 16,16). e Cristo retorquiu: Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta Pedra construirei a minha Igreja( Mt 16,18). Sobre esta pedra construirei a fé que haverás de proclamar. Sobre afirmação que fizeste: Tu és o Messias o Filho do Deus Vivo. Porque tu es Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo.
             No mesmo sentido, também depois da ressurreição, o Senhor entregou a Pedro a responsabilidade de apascentar suas ovelhas. não que dentre os outros discípulos só ele merecesses pastorear as ovelhas do Senhor; mas quando Cristo quer falar a um só, quer, deste modo, inserir a unidade da Igreja. e Dirigiu-se a Pedro, de preferência aos outros, porque, entre os apóstolos, Pedro é o Primeiro.
          Não fique triste, ó apóstolo! Responde uma vez, responde uma segunda, responde uma terceira vez. Vença por três vezes a rua profissão de amor, já que por três vezes o temor venceu a tua presunção. desliga por três vezes o que por três vezes ligaste. Desliga por amor o que ligaste por temor. E assim, o Senhor confiou suas ovelhas a Pedro, uma, duas e três vezes".
          Pedro nasceu a 1 a.c, terminou seu Pontificado aos 67 anos morto em Roma pregado em uma cruz de cabeça para baixo pois não se achava digno de morrer como o seu Senhor Jesus Cristo.

                                                           Santo André
         André, nascido em Betsaida, foi primeiramente discípulo de João Batista, seguiu depois a Cristo e levou à presença deste seu irmão Pedro. junto com Filipe, apresentou a Cristo aos pagãos e indicou o rapaz que levava pães e peixes. Narra-se que, depois de Pentecostes, pregou o Evangelho em muitas regiões e foi crucifixado na Acaia.
           André é reconhecido pela Liturgia como o "protocleto", ou seja, o primeiro chamado: "Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!" Santo André se expressa no Evangelho como "ponte do Salvador", porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro. 
          Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: "Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!" 

                             São Tomé
          Pertenceu ao grupo dos doze apóstolos. O Senhor o chamou dentro de sua realidade, com suas fraquezas e até com suas crises de fé.           Nosso Senhor Jesus revelou a nós coisas maravilhosas através de São Tomé:
"Tomé lhe disse: 'Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?' Jesus lhe disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim" (Jo 14,6). 
          Tomé nunca teve medo de expor a realidade de sua fé e de sua razão, que queria saber cada vez mais e melhor. Quando Jesus apareceu aos apóstolos ao ressuscitar, Tomé não estava ali, e aí encontramos seu testemunho: "Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,26-28).
          O Papa São Gregório Magno meditando essa realidade de São Tomé diz: "A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade".
          Segundo a Tradição, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente e Índia onde morreu martirizado, ou seja, morreu por amor, testemunhando a sua fé. 
          Uma das mais belas explicações de sua vida e de todos esses acontecimentos foi narrado em uma das homilias de São Gregório Magno, Papa que diz:
          "Nada disso aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A clemência do alto agiu de modo admirável a fim de que, ao apalpar as chagas do corpo de seu mestre, aquele discípulo que duvidara curasse a chagas de nossa falta de fé. A incredulidade de Tomé fi mais proveitosa para a nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram logo. Pois, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde apalpar, o nosso espírito, pondo de lado toda dúvida, confirma-se na fé. deste modo, o discípulo que duvidou e apalpou tornou-se testemunha da verdade da ressurreição.


                             São Filipe
          Nasceu na Galileia e foi discípulos e apóstolo de Jesus Cristo, e por Ele deu a vida.
          Filipe nasceu em Betsaida, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse 'sim' com a vida. 
          Ele foi 'canal' para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).
          Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: 'Mostra-nos o Pai e isso nos basta'(Jo 14,8).
          Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. 
          São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!

                                     São Tiago (Menor)
          São Tiago (Menor) também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos.
          Nos Atos dos Apóstolos encontramos ele como o primeiro bispo de Jerusalém.
          Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. 
          Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.
          O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.


                                                                              São Tiago(Maior)
          Nascido em Betsaida, este apóstolo do Senhor era filho de Zebedeu e de Salomé e irmão do apóstolo João, o Evangelista.
          Pescador juntamente com seu irmão João, foi chamado por Jesus a ser discípulo d'Ele. Aceitou o chamado do Mestre e, deixando tudo, seguiu os passos do Senhor. 
          Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um grande amigo de Nosso Senhor fazendo parte daquele grupo mais íntimo de Jesus (formado por Pedro, Tiago e João) testemunhando, assim, milagres e acontecimentos como a cura da sogra de Pedro, a Transfiguração de Jesus, entre outros.
          Procurou viver com fidelidade o seu discipulado. No entanto, foi somente após a vinda do Espírito Santo em Pentecostes que São Tiago correspondeu concretamente aos desígnios de Deus. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos o belo testemunho de São Tiago, o primeiro dentre os doze apóstolos a derramar o próprio sangue pela causa do Evangelho:
          "Por aquele tempo, o rei Herodes tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João" (At 12,1-2).
          Segundo uma tradição, antes de ser martirizado, São Tiago abraçou um carcereiro desejando-lhe "a Paz de Cristo". Este gesto converteu o carcereiro que, assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.
          Existe ainda outra tradição sobre os lugares em que São Tiago passou, levando a Boa Nova do Reino. Dentre estes lugares, a Espanha onde, a partir do Século IX, teve início a devoção a São Tiago de Compostela.

                                                             São Mateus
          São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: "Segue-me" deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã! 
          Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.
          Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem. 
          É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: 
"Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem." e ainda:"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." 
          Com Judas, porém, ficou o encargo de "caixa" da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas! 
          Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista. 
          São Beda Venerável, vem nos dizer o que Jesus viu neste coletor de impostos e porque o chamou e nos da exemplos porque também Cristo nos chama:
          "Jesus viu um homem chamado Mateus, assentado à banca de impostos, e disse-lhe: Segue-me (Mt 9,9). Viu-o não tanto com os olhos corporais quanto com a vista da íntima compaixão. Viu o publicano, dele se compadeceu e o escolheu. Disse-lhe então: Segue-me. Segue, quis dizer, imita; segue, quis dizer, não tanto pelo andar dos pés, quanto pela realização dos atos. Pois quem diz que permanece em Cristo, deve andar como ele andou (1Jo 2,6).
          Ouvindo sua voz, abrimos  porta para recebê-lo, ao aceitarmos de bom grado suas advertências secretas ou evidentes e nos pormos a realizar aquilo que compreendemos como o nosso dever. Ele entra para que ceemos, ele conosco e nós com ele, porque, pela graça de seu amor, habita nos corações dos eleitos para alimentá-los sempre com a luz de sua presença. Possam assim os eleitos cada vez mais progredir no desejo do alto, e ele mesmo se alimente com os desejos deles como com pratos deliciosos."

                                                               São Bartolomeu
          A santidade de vida de São Bartolomeu, apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na Bíblia é citado com o nome de Natanael (que significa dom de Deus). Os três Evangelhos sinópticos chamam-lhe sempre Bartolomeu ou Bar-Talmay (filho de Talmay em aramaico). Nasceu em Caná da Galileia, naquela pequena aldeia onde Jesus transformou a água em vinho. 
          Bartolomeu é modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor, pois, assim encontramos no Evangelho de São João: "Filipe vai ter com Natanael e lhe diz: 'É Jesus, o filho de José de Nazaré'". Depois de externar sua sinceridade e aproximar-se do Cristo, Bartolomeu ouviu dos lábios do Mestre a sua principal característica: "Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento" (Jo 1,47). 
          Pertencente ao número dos doze, São Bartolomeu conviveu com Jesus no tempo da vida pública e pôde contemplar no dia-a-dia o conteúdo de sua própria profissão de fé: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel". Depois da Paixão, glorificação do Verbo e grande derramamento do Espírito Santo em Pentecostes, conta-nos a Tradição que o apóstolo Bartolomeu teria evangelizado na Índia, passado para a Armênia e, neste local conseguido a conversão do rei Polímio, da esposa e de muitas outras pessoas, isto até deparar-se com invejosos sacerdotes pagãos, os quais martirizaram o santo apóstolo, após o arrancarem a pele, mas não o Céu, pois perseverou até o fim.
                                                           
                                                                                               São Simão o Zelote
             Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa "zeloso". 
          Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. 
          Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita. 
          Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. 
          Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.

                                                                    São Judas Tadeu
          Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22). 
          Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu". 
          Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.
          Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. 
          Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas. 
          São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.

                                                                                        São João 
          O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso":uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.
          Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26 s). 
          Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".
          João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 d.C). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável. 
          O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos. 
          Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.
          São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano. 
          Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo. 
          Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e contado em seguida no Apocalipse.
          Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 d.C). 
          Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome. 

                            Judas Iscariotes 
          Judas Iscariotes foi um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, que, de acordo com os Evangelhos, veio a ser o traidor que entregou Jesus Cristo aos seus capturadores por 30 moedas de prata.
          Judas entregou Jesus por 30 moedas de prata (Mateus 26:15 - Mateus 27:3), que provavelmente seriam siclos e não denários como frequentemente se julga e afirma. Esse era o preço de um escravo (Êxodo 21:32). De acordo com o autor do Evangelho de Mateus, os principais sacerdotes decidiram não colocar essas moedas no tesouro do Templo de Jerusalém, mas, em vez disso compraram um terreno no exterior da cidade para sepultar defuntos (Mateus 27:6-7). Segundo Zacarias, profeta do Antigo Testamento, a vida e o ministério do prometido Messias (ou Cristo) seria avaliado em 30 moedas de prata (Zacarias 11:12-13). 
          Isto significava que, segundo a leitura dos acontecimentos feita pelo evangelista Mateus, os líderes religiosos judaicos foram induzidos a avaliar a vida e ministério de Jesus de Nazaré como dotada de bem pouco valor.Assim, no caso do Evangelho de Mateus se relata que Judas Iscariotes, ao sentir remorsos, decide suicidar-se por enforcamento: E Judas, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar» (Mateus 27:5), e nos Atos dos Apóstolos, o seu autor conta que caiu de cabeça para baixo, rebentando ruidosamente nos rochedos pelo meio:Adquiriu um campo com o salário de seu crime. Depois tombando para frente arrebentou ao meio e todas as vísceras se derramaram» (Atos 1:18). Procurando-se harmonizar e combinarmos dois relatos da sua morte pode-se dizer que Judas se terá enforcado, mas que a corda - ou o ramo da árvore onde esta estava atada - se terá quebrado. A vaga por ele deixada - segundo Atos 1:26 - foi preenchida por Matias.

                                 São Matias
          A santidade de vida de um escolhido do Espírito Santo para o grupo dos apóstolos. São Matias era um discípulo que acompanhou Jesus no tempo de Seu apostolado e foi tão fiel na vivência dos ensinamentos do Mestre, que tornou-se testemunha de Sua ressurreição.
          No livro dos Atos dos Apóstolos, estão registrados os fatos que levaram à escolha de um discípulo que ocupasse o lugar deixado por Judas, o traidor: "...é preciso, pois, que um dentre eles se torne conosco testemunha de sua ressurreição. Apresentaram então dois homens: José chamado Barsabás, que tinha o apelido de Justo, e Matias" (Atos 1,22-23).
          São Matias recebeu em Pentecostes a efusão do Espírito Santo, e tornou-se um apóstolo ardoroso como os demais, testemunha do Ressuscitado. Evangelizou na Palestina e na Ásia Menor, e morreu mártir por apedrejamento.